Esta é a parte má de toda a "história". Efectivamente a SIDA não é uma epidemia que afecta exclusivamente os homossexuais, mas de facto assumiu no seu início um maior impacto nos homossexuais. A razão principal para este facto é que entre homens que tinham sexo com vários parceiros não havia razões para não utilizar o preservativo, ao contrário do que acontecia com os heterossexuais com múltiplos parceiros (em que a razão de utilização do preservadivo era quase exclusivamente como anti-concepcional).
O seu filho não tem obviamente de fazer parte deste cenário (quer seja homossexual ou não).
Se a banalização pelo sexo com o "se curtes com os outros usa o preservativo" esquece uma série de outras doenças, o ignorar da necessidade da sua utilização mesmo em encontros entre jovens pode ser um erro grave. Estatísticas recentes (2001) demonstram que a maioria dos casos de infecção do HIV entre jovens homossexuais são precisamente em relações estáveis.
NOTA: aparentemente algumas pessoas com problemas existenciais e que preferem deitar as culpas de tudo o que se passa no mundo em minorias fizeram uma interpretação incorrecta do parágrafo acima. O que está escrito é que um estudo recente indicava que "NOS JOVENS HOMOSSEXUAIS" a maioria das infecções são em relações estáveis (em comparação com outras situações em que os "jovens homossexuais" são infectados). Esta frase quer dizer apenas que na prática para o grupo de "jovens homossexuais" havia mais casos de infecções em situações de relações estáveis. Para quem quer fazer extrapolações rápidas desta estatística comparem-na com a de 2004 em que se conclui que nos EUA um dos grupos com maior número de infecções eram os católicos hispânicos que "defendiam a abstinência como melhor forma de evitar o VIH/SIDA" (em comparação não só com outros grupos "étnicos" como também os hispânicos que "defendem o preservativo como melhor forma de evitar o VIH/SIDA"). Resumindo: 1- é importante perceber que não é por se estar numa relação estável que se deve "baixar a guarda".Esperamos que este esclarecimento ajude a evitar confusões no futuro. |
Principalmente, tenha sempre presente o seguinte:
Não censure continuamente
Saiba exprimir com amor a sua preocupação, mas não esteja sempre a falar do assunto. Parecerá que está dissimuladamente a tentar "curá-lo" da sua homossexualidade. Esta será uma maneira certa de perder influência.
Informe-se sobre os factos
Informe-se sobre a SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis para melhor poder esclarer o seu filho e a si próprio.
Apoie o seu filho
Encoraje no seu filho, de forma autêntica, para existência de uma relação monogâmica de longa duração, e à utilização do preservativo na mesma. Esse encorajamento permitirá não só o semear das fontes do seu crescimento emocional, como também contribuirá significativamente para reduzir as hipóteses dele vir a ficar infectado pelo HIV ou outra doença sexualmente tranmissível.
Não proíba...
Diz o povo que o "fruto proibido é o mais apetecido". O seu filho terá relações sexuais independentemente de o proibir ou não e proibi-lo somente aumentará a sua determinação em ir além da proibição. O caso será mais difícil ainda se o seu filho for adolescente, pois achar-se-à invariavelmente imortal e sempre bem protegido e que a SIDA só ataca os outros. A única maneira de quebrar este tipo de raciocínio é, conforme já referimos, dar a conhecer os factos e educar o seu filho para o amor, encorajando os comportamentos que lhe permitam crescer emocionalmente sem se colocar em risco.
Para tudo isto, é preciso tempo, esforço e empenhamento, mas não será o seu filho ou filha merecedor disso?
|
1 |